Sem Título
falaram-me de tantos: destes que se entram à porta, à meia-tarde de uma noite; vigilantes intempestivos de um momento súbito. mal sabem que os espreito à janela, dou-me ao tento de quaisquer impressões, e creio-me tão louco que, por algumas vezes, achar-se já é insano. varro olhos pelo perímetro da rua, procuro detalhes tão menores que me fogem ao tino; guardo na retina a sucessão dos fatos, levo na memória o empedernido...olha-me: tenho anos que seguem e movem-se ao independer de rogos! dir-se-iam inexoráveis, inexortáveis: falaram-me de tantos...e eu que espero: à espreita, em janela, por este amor que não vem.
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